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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Júri condena Santo Berri


O segundo, dos seis envolvidos no caso de matar João Rosa e Alairto Truppel foi condenado a cumprir pena de 13 anos.

Um júri popular, que aconteceu na quarta-feira, 17/09 na Câmara de Vereadores de Taió, condenou Santo Berri, a cumprir pena de 13 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. A sentença foi lida por volta das 17h pelo juiz, Rafael Espíndola Bemdt e condenou Santo pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e fator surpresa), e ocultação de cadáver. Ele e outros cinco comparsas estão envolvidos no desaparecimento de João Rosa Neto, conhecido como João Trambique e Alairto José Truppel. Além de Santo, estão arrolados no caso, Volnei José Stinghen, Adair de Oliveira Pereira, José Leonildo Cordeiro, Aristeu Peixer e Antônio Leonir Berri, irmão de Santo, foram presos antes da conclusão da investigação.

Santo ficou foragido até o dia 15 de abril de 2012, quando foi por falsidade ideológica em uma abordagem da Polícia Militar de Lontras, com documentos em nome de outra pessoa. Para ganhar tempo e a pedido dos advogados dos réus, o julgamento foi desmembrado do processo, assim cada réu será julgado em separado.Testemunhas comprovaram que os seis estiveram reunidos e que os corpos foram transportados até um aterro sanitário em Barra Velha. Dos seis envolvidos, apenas Volnei José Stinghen foi julgado e condenado a 27 anos de prisão. Santo Berri é o segundo. Ele também é acusado de chefiar um esquema de roubos de implementos agrícolas em propriedades rurais.

O CASO

João Rosa Neto, proprietário da Boate Azul, foi com o colega Alairto José Truppel, cobrar o aluguel do locatário Volnei João Stinghen. Os dois estão desaparecidos desde o dia 21 de maio de 2011.Neto recebeu um telefonema de Stinghen para que se dirigisse à Boate para receber o valor do aluguel.

A Polícia Civil apurou que o duplo homicídio ocorreu no dia 21 de maio, por volta das 08h30min, no interior da Boate Azul, situada na Rodovia SC 422, km 07, em Taió.

Segundo testemunhas, houve barulhos de disparos. Após ouvir pessoas que estavam no local, chegou-se a Adair de Oliveira Pereira como autor dos disparos. Ele recebeu auxílio de Volnei João Stinghen e José Leonildo Cordeiro para executar o crime.

Também se levantou, por meio de interrogatório e depoimentos que Santo Berri, Antônio Leonir Berri e Aristeu Peixer foram os mandantes porque queriam assumir a Boate Azul que era de propriedade da vítima João.

Durante as investigações, iniciadas em 21 de maio com a comunicação do desaparecimento das vítimas, por meio de cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão foram apreendidos três revólveres. Um deles foi encontrado na residência Adair de Oliveira Pereira e outros dois na residência de Aristeu Peixer.

Com essas informações e apreensões foi expedido os Mandados de Prisão Preventiva contra os seis envolvidos. Volnei João Stinghen e Adair de Oliveira Pereira confessaram o crime.

Outros crimes       

Na tentativa de capturar Santo Berri, o Delegado responsável pelo caso, Ricardo Saroldi Chaves, encontrou na residência dele dois tratores, três tobatas, dezenas de roçadeiras, motosserras, bombas de veneno, furadeiras, engraxadeiras e outros utensílios agrícolas que se encontram apreendidos na Delegacia de Taió. Algumas vítimas já reconheceram objetos apreendidos como sendo furtados. Santo também já foi condenado e cumpre pena por outro homicídio.


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