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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Matos quer vaga no Parlasul


Amanhã o ex-deputado João Matos marca presença na convenção estadual do PMDB em Florianópolis. Ele participa das solenidades de comemoração dos 45 anos do partido em Santa Catarina. João Matos continua com grande influência no meio político, mesmo sem mandato eletivo. “A peteca tem que ser passada adiante”, disse o ex-parlamentar, que continua na política depois de 30 anos com mandatos.

Ele justificou que não disputou as eleições de 2010 porque defendeu um projeto regional do PMDB, que era fazer a alternância colocando novas lideranças nas disputas. Foi aí que o deputado estadual, Aldo Schneider se destacou, “como prefeito, secretário regional e companheiro de partido. Foi a pessoa que naquele momento reuniu as melhores condições, e demos apoio.” João Matos também argumentou que ninguém é insubstituível e ninguém é eterno.

Em 30 anos ele disse que aproveitou bem o momento, participando de sete eleições consecutivas, para deputado federal e estadual, representando a região do Alto Vale do Itajaí. “Em todos os meus mandatos fiz o que pude e o que estava ao meu alcance para ajudar a região e representar com dignidade a nossa gente”. Apesar do tom de despedida, ele não pretende deixar da política, tanto é que ainda participa de eventos políticos, e “continua a disposição”. Justificou que agora na linha de frente estão os deputados Rogério Peninha Mendonça (Federal) Aldo Schneider (Estadual).
Amanhã ele entrega em solenidade a presidência estadual do PMDB ao vice-governador Eduardo Pinho Moreira. Ao ser perguntado se disputaria outro cargo eletivo, respondeu que em política existe esse não, “quero voltar, mas eu tenho outro projeto, que é ser deputado pelo Mercosul”. O Parlasul, um parlamento internacional que vai abranger os países do sul da America do Sul, está em fase de implantação. O Poder Legislativo de todos os países envolvidos precisam estabelecer regras de representatividade e o modelo eleitoral.

No próximo mês a Câmara e o Senado, devem regulamentar o Parlasul, com 27 deputados federais e 10 senadores. Mas o número de parlamentares deve aumentar e João Matos está na lista de indicação do PMDB. “Para esse momento, são parlamentares com mandato que vão representar o Brasil provisoriamente, depois, estarei na disputa sim”. Matos garante que tem apoio da cúpula do PMDB nacional para ser um dos nomes de Santa Catarina.

O ex-deputado ainda não digeriu o posicionamento tomado por alguns líderes do seu partido nas eleições de 2010. Sobre a presidência de Eduardo Pinho Moreira, o PMDB decidiu disputar as eleições estadual com chapa pura, e João Matos estava cotado para vice. Mas na última hora, Pinho Moreira desistiu da candidatura e apoio Raimundo Colombo. “Eu não concordei com a forma de como foi empurrado, goela abaixo do PMDB, o processo eleitoral, e culpo o Luiz Henrique e o Eduardo Moreira daquele procedimento, mas isso não me tirou da política, nem me desmotivou, pelo contrario, até ontem, eu estava como presidente do partido” desabafou.

João Matos também disse que esse é o processo político, e que às vezes não se consegue realizar os objetivos traçados e acredita que o partido poderia ter vencido as eleições, mesmo sozinho. “O PMDB é um partido muito forte que poderia ter ido para as eleições, não tenho nada contra coligações, mas o PMDB poderia ter ido sozinho, ou ter discutido mais”, finalizou.

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