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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

População está temerosa

O projeto apresentado pelo governo do estado não convenceu o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Taió, Sidnei Engels. “A forma de como foi apresentado pareceu meio milagroso. Parece que com todas essas ações nunca mais vamos ter enchentes, mas contra a força da natureza não podemos ter esta certeza”. Para Engels, o governo precisa convencer a população que a obra será segura, e bem feita. “Ninguém é a favor de enchente, mas falta provar para a população de Taió esta questão da segurança. Deve ser bem explicado, para provar que a população não sofrerá danos.” Ele lembrou que a contenção de águas da barragem de Taió serve para toda a população do vale do Itajaí. “Não somos técnicos, mas se você conversar com pessoas nas ruas, a maioria é contra esse projeto, eles tem medo”, relatou o lojista. Engels lembrou também que em épocas de cheias, é comum circular boatos pela cidade sobre o rompimento da Barragem Oeste. “A população pensa, quanto mais água mais riscos, então a gente percebe que as pessoas têm medo. Os engenheiros precisam provar que é uma coisa segura”, finalizou. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Taió, Celso Bagatoli, falta informação para tranquilizar a população. “A gente sabe que vão aumentar as barragens, mas ninguém nos apresentou um projeto de viabilidade”. Para ele uma explicação detalhada acalmaria as pessoas. “A maioria da população acha que não vai resolver, assim eles já pensam que a barragem vai se romper imagina aumentado mais dois metros?”,disse Bagatoli. Para o policial militar Tomé Luiz Poffo, o governo poderia ter priorizado outra solução, como o desassoreamento da área alagada. “Acredito que na bacia existam mais de um metro de lodo, cada vez que enche a barragem, mas terra fica retida”. Poffo também argumentou que a calha do rio está soterrada. “Qualquer chuvinha, o rio já transborda, no passado demorava subir”, argumentou. Para a servidora pública Terezinha Mathes, a obra elevação deve ser cancelada. “Não podemos deixar isso acontecer, porque assim já é perigoso, imagina com mais dois metros de altura, isso não está certo.”, relatou. Para Jodir da Silva, que é o operador da Barragem Oeste em Taió, a população não precisa ficar temerosa. “A nossa barragem é a mais segura, foi construída com 100 % de cimento, diferente das outras que foram feitas de barro e pedra”.