Páginas

sábado, 31 de agosto de 2013

SOBRE A BIBLIOTECA DA CADA DA CULTURA DE TAIÓ!

Esta sensível crônica, trata de bibliotecas, ignomínia e irresponsabilidade do poder público de Taió com um de seus bens tão importantes. Trata também de sonho e desejo por uma cidade mais justa e com acesso a informação para todos.
Única biblioteca pública de Taió está sem livros.

Já não é de hoje que tenho me revoltado com a escassa cultura de Taió. Todos os dias ouvimos reclamações de que o Brasil é um “país sem cultura”... O Brasil NÃO é um país sem cultura. O problema é que “Pessoas sem cultura”, estão nas presidências, diretorias, prefeituras, assembleias. O problema é que nós não damos o devido valor a ela. Alimentamos a cultura do funk, do carnaval, do BBB e quando precisamos lutar por uma biblioteca que foi destruída poucas pessoas se mobilizam. O mesmo ocorre quando dois, três resolvem ir às ruas gritando por maior valorização aos escritores brasileiros, ao teatro, à música, à arte. Poucos se importam, e aqueles que se importam acabam se obrigando a desistir.
Os jovens estão cada vez mais desinteressados em ler, e caso vocês não tenham percebido, este é um problema seríssimo, e que precisa ser resolvido. 

O hábito de ler deve ser incentivado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo essencial e importante, assim ele será um adulto erudito, criativo e inteligente. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem; é a leitura, no entanto, que proporciona a capacidade de interpretação.

Reclamamos diariamente da corrupção no Brasil, mas não paramos para pensar que a principal causa disso tudo é a ignorância dos brasileiros. Povo esperto não elege corrupção. Povo esperto não permite roubalheira. Povo esperto cuida daquilo que é de sua cidade, estado, país. 

E para combater a ignorância, não basta simplesmente elevar o número do Ideb. Não basta simplesmente fazer de conta. É preciso investir em C-U-L-T-U-R-A. E eu não estou falando de “eguinha pocotó”, “ai e eu te pego” ou “bonde das maravilhas”. To falando de bibliotecas, auditórios, salas de dança, música, artesanato, artes visuais, idiomas, teatro, etc. Nossos políticos precisam investir nisso. Como já dizia Fernanda Montenegro, uma cidade sem auditório não é cidade. O mesmo digo de uma cidade sem biblioteca. 

Nesta sexta-feira, 30 de agosto, recebi a notícia de que a biblioteca que frequentei durante 7 anos foi fechada e destruída. Taió (SC) perdeu sua única biblioteca. Os motivos segundo informações de funcionários do local, é que precisavam de um depósito maior. E pra isso resolveram fechar a biblioteca, afinal, depósito é bem mais importante do que livros. A diretoria do local escolheu os livros de “capa bonita” para salvar e os demais, só Deus sabe onde foram parar. 

Como muitos sabem eu sou escritora e uma pessoa que não vive sem livros. Amo aquela biblioteca, amo os livros, amo arte, cultura e tudo o que me proporciona raciocínio, conhecimento e experiências, a biblioteca da Casa da Cultura faz parte da minha vida e tenho certeza que faz parte da vida de muitos. E claro que não poderia deixar de contestar contra isso.

Não podemos deixar que livros sejam tratados como “lixo”. Peço a ajuda de todos para que algo seja feito e que nossa cultura seja protegida e incentivada! Não destruída. Sabemos que a ignorância é o maior problema da humanidade. Sem ignorância, políticos corruptos não chegam ao poder, sem ignorância não há violência, roubo, desonestidade, imoralidade. E eu lamento informar, mas o antídoto para a ignorância é, sem dúvidas, os LIVROS!

Estou extremamente revoltada, e com certeza não vou descansar enquanto não ver esse patrimônio público recebendo seu devido valor novamente!
Publicado por: Maria Luiza Cunha

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Passo Manso a Rio do Campo: Só no outro natal...


Obra vai atrasar em no mínimo um ano.
 Se tudo ocorrer dentro do previsto, as obras de revitalização da rodovia SC 327, que liga o Distrito de Passo Manso e o município de Rio do Campo será inaugurada na véspera das eleições de 2014. Mas se continuar do ritmo que está a data mais provável é que seja entregue à população só 2015.  O contrato assinado entre o Governo do Estado, o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) e a empreiteira em 18 de janeiro de 2013 previa a entrega em dezembro próximo.

A confirmação foi dada pelo engenheiro responsável do Deinfra no Alto Vale, Luiz Alberto Raupp, pelo engenheiro da Infrasul (responsável pela obra) Keyner Nunes Mayer e pelo engenheiro do Consórcio Única (responsável pela fiscalização da obra), Marcos Vinícios de Souza. Os motivos foram apresentados à vereadores de Taió e de Rio do Campo, em uma audiência na tarde desta quinta-feira, 15/08, na SDR de Taió. A reunião foi intermediada pelo Secretário Adjunto, Moacir Oenning.

Os vereadores pediram explicação e informações sobre o andamento da obra. “A gente passa com frequência pelo trecho e percebe que a movimentação de maquinários e operários está abaixo do normal para uma obra importante”, disse o presidente da Câmara de Rio do Campo, Alex Losi (PMDB). Os vereadores também reivindicaram que enquanto a obra não deslancha que seja feita uma operação taba–buracos, mas o pedido foi descartado, já que não há orçamento para isso.

O engenheiro do Deinfra explicou que atraso se deve por questões burocráticas entre a empresa e o detentor das licenças ambientais e de exploração de uma pedreira. “A gente tem um contrato assinado por ele, mas ainda não nos passou a documentação das licenças da Fatma. Ele vem nos enrolando desde o inicio do ano”, relatou Mayer. A empresa Infrasul já instalou um britador no local e só aguarda o desenrolar da situação. O engenheiro do Deinfra relatou que já se estudou a possibilidade de tornar a pedreira área de utilidade pública, mas as vias judicias poderiam atrasar mais ainda a conclusão das obras.


A obra, orçada inicialmente em R$ 13,9 milhões, já prevê o primeiro “Termo Aditivo”, que só aguarda a conclusão de um levantamento técnico. “Apesar disso as obras estão num ritmo tolerável, e dentro da qualidade que foi proposta inicialmente”, garantiu o engenheiro do Deinfra. Ele explicou que o projeto já estava pronto em 2002 e só foi aplicado em 2012, e que poderá ocorrer algumas adaptações. Enquanto isso, os usuários seguem trafegando na pior rodovia pavimentada de Santa Catarina.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Rios viram canal de lixo e esgoto

A colonização europeia do Vale do Itajaí foi a principal responsável pelo desenvolvimento econômico da nossa região. Foi navegando pelo rio acima que chegaram os desbravadores. Os rios que serviram para escoar a riqueza no passado, hoje levam os dejetos, esgotos, animais e muito plástico.  Porém, a pujança dos colonizadores foi suprimida pelo descaso com que a população vem fazendo com os rios que banham as principais cidades do Vale do Itajaí. Primeiro, foi a ocupação desordenada das regiões de várzea, que também é chamada de leito secundário do rio. Esse leito abrigaria as águas nos períodos de chuvas prolongadas e enchentes. As cidades de Taió, Mirim Doce, Rio do Oeste, Rio do Sul, Lontras, Aurora e Ituporanga são as que mais registraram alagamentos ao longo dos anos. Todas foram construídas em áreas onde a natureza usava para “acomodar” o excedente da água do rio. Pior, aterros, e mais aterros são feitos a cada dia, sem lei e sem fiscalização.

Um grande mutirão envolvendo entidades, poder público, empresas e moradores de várias cidades da região tentam resgatar o rio para que no futuro possamos amenizar os danos e melhorara a vida dos nossos filhos. O coordenador de Comunicação Social da Usina do Consórcio Salto Pilão, Rubens Habitzreuter, que organiza a Campanha "Rio Itajaí Pede Nossa Ajuda" reatou a situação vivida diariamente por funcionários da Usina, que recolhem os entulhos jogados no rio.

Ele falou da preocupação do Consórcio com a grande quantidade de resíduos sólidos recolhidos diariamente na Usina de Salto Pilão, em Lontras. A presença de embalagens de agrotóxicos é outra preocupação.  “A agua do rio passa por cima da barragem em uma das extremidades, onde uma grade retém o material sólido despejado no rio. São encontrados vários tipos de animais mortos, cavalo, cachorro e gado”. Rubens relatou que o lixo jogado nos rios da região já foi encontrado no litoral Paranaense.

Ele também relatou que ouve no último ano ouve uma diminuição na quantidade de embalagens de garrafas pet. “Não sabemos se isso é fruto da campanha, mas a diminuição é perceptível”. A campanha atinge três segmentos: os ribeirinhos e moradores das margens,  estudantes com palestras e distribuição de materiais nas escolas e por último as entidades da sociedade organizada. O projeto prevê que no futuro o rio Itajaí passa a ser parecido com rios europeus.