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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Rios viram canal de lixo e esgoto

A colonização europeia do Vale do Itajaí foi a principal responsável pelo desenvolvimento econômico da nossa região. Foi navegando pelo rio acima que chegaram os desbravadores. Os rios que serviram para escoar a riqueza no passado, hoje levam os dejetos, esgotos, animais e muito plástico.  Porém, a pujança dos colonizadores foi suprimida pelo descaso com que a população vem fazendo com os rios que banham as principais cidades do Vale do Itajaí. Primeiro, foi a ocupação desordenada das regiões de várzea, que também é chamada de leito secundário do rio. Esse leito abrigaria as águas nos períodos de chuvas prolongadas e enchentes. As cidades de Taió, Mirim Doce, Rio do Oeste, Rio do Sul, Lontras, Aurora e Ituporanga são as que mais registraram alagamentos ao longo dos anos. Todas foram construídas em áreas onde a natureza usava para “acomodar” o excedente da água do rio. Pior, aterros, e mais aterros são feitos a cada dia, sem lei e sem fiscalização.

Um grande mutirão envolvendo entidades, poder público, empresas e moradores de várias cidades da região tentam resgatar o rio para que no futuro possamos amenizar os danos e melhorara a vida dos nossos filhos. O coordenador de Comunicação Social da Usina do Consórcio Salto Pilão, Rubens Habitzreuter, que organiza a Campanha "Rio Itajaí Pede Nossa Ajuda" reatou a situação vivida diariamente por funcionários da Usina, que recolhem os entulhos jogados no rio.

Ele falou da preocupação do Consórcio com a grande quantidade de resíduos sólidos recolhidos diariamente na Usina de Salto Pilão, em Lontras. A presença de embalagens de agrotóxicos é outra preocupação.  “A agua do rio passa por cima da barragem em uma das extremidades, onde uma grade retém o material sólido despejado no rio. São encontrados vários tipos de animais mortos, cavalo, cachorro e gado”. Rubens relatou que o lixo jogado nos rios da região já foi encontrado no litoral Paranaense.

Ele também relatou que ouve no último ano ouve uma diminuição na quantidade de embalagens de garrafas pet. “Não sabemos se isso é fruto da campanha, mas a diminuição é perceptível”. A campanha atinge três segmentos: os ribeirinhos e moradores das margens,  estudantes com palestras e distribuição de materiais nas escolas e por último as entidades da sociedade organizada. O projeto prevê que no futuro o rio Itajaí passa a ser parecido com rios europeus.


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