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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Adversários em sintonia

Adversários na última eleição municipal em Rio do Sul, Gariba e o deputado Jorge Teixeira, se encontram ontem, em Florianópolis. 

O prefeito de Rio do Sul, precisou do apoio do Deputado para prorrogar até 31/08/2013 a prestação de contas que estava bloqueando o município de receber as parcelas para a continuação das obras que estavam paralisadas. 

A construção da praça da Rua XV, da ponte que liga o bairro Albertina ao Bomfim, contrução da ponte que liga o bairro Barra da Itoupava à Barra do Taboão e da ponte que liga o bairro Jardim América ao Canta Galo.


Carne com padrão internacional


Adinei com a primeira carga de bois das raças Hereford e Braford

O empresário Adinei Sandri também investe em outro setor do agronegócio. A criação de gado tipo “fórmula 1”, para os mercados e consumidores mais exigentes. Para conseguir chegar a um gado de qualidade, Sandri firmou intercâmbio com a Fazenda Mãe Rainha, que possui matrizes e touros premiados e classificados entre os melhores do país. O diferencial da Mãe Rainha é o pioneirismo em técnicas aliadas à alta tecnologia como a alta seleção genética dos animais e o melhoramento de campo nativo, o que a faz uma referência nacional na criação das raças Hereford e Braford.

Essas raças apresentaram maior ganho de peso e o melhor desempenho econômico na região de Coxilha Rica, em Lages, onde fica a fazenda. Isso foi o que motivou o empresário Taioense adquirir bovinos para serem criados na Fazenda Nono Belli, em Passo Manso. Um dos sócios da Fazenda Mãe Rainha, o advogado, Edson Riberio Colombo, filho do Governador Raimundo Colombo passou o último final de semana conferindo a evolução e adaptação das raças na Fazenda do Grupo Sandri. Colombo, também veio retribuir a visita ao amigo, Adinei Sandri. Delemar Macedo, veterinário da Pfizer e Marcos Antônio Ploncoski, veterinário da Eurofarma, amigos e criadores da região, também acompanharam a visitação em campo.
Nerlize e Adinei Sandri, Colombo e o empresário Rui Krenkel.

Fazenda Nono Belli está encrava na Serra Geral

Com a economia em crescimento, o Brasileiro está comendo melhor e exigindo produtos de melhor qualidade.  Porém há a constatação de que a produção de carne de primeira linha é insuficiente para atender a procura. “Se você investe na qualidade, ela te dá o retorno, porque na hora de vender o nosso boi, conseguimos em torno de 15% a mais, por causa da qualidade. As pessoas tem dinheiro pra comprar uma carne melhor, mas muitas vezes não temos o produto no mercado”, disse Adinei Sandri. O Rio Grande do Sul é a região do Brasil que produz carne de qualidade, além de alguns lugares no Paraná e a região alta de Santa Catarina. Podendo se igualar ao Uruguai e a Argentina, que produzem carnes de primeira linha. A Fazenda Nono Belli, está encravada na Serra Geral, e possui clima semelhante à região de Lages e o Rio Grande do Sul.

Criadores estão desenvolvendo programas em várias associações, para ter escala de produção e buscar esse mercado. “O Adinei acabou de vender um lote bois fórmula 1, em qualquer lugar do mundo será a melhor carne, em qualquer restaurante do planeta. Porém, ali tem poucas algumas picanhas, em uma churrascaria boa, vai tudo”, avaliou Edson Colombo. O empresário Lageano acredita que em boa parte de Santa Catarina e inclusive Taió, as raças Hereford e Braford são muito produtivas e consequentemente lucrativas.

“Essas raças crescem rápido, tem boa fertilidade, e as vacas dão terneiros de qualidade com grande precocidade para o abate. A melhor carne do mundo vem dessas raças Inglesas, junto com a Angus e a Devon”. Colombo acredita que até em pequenas propriedades, é possível criar bois com alta qualidade. Ele esteve recentemente na Nova Zelândia, que detém uma das mais altas produtividades do mundo, para avaliar os tipos de pastagens e tentar adaptar novas tecnologias em Santa Catarina.
Edson Colombo conferindo a nova geração de bois 

Em sua avaliação o problema enfrentado pelos criadores é que não existe uma tabela de preço definindo uma diferenciação de carne, na hora da venda para os frigoríficos. “Temos uma carne diferenciada e de altíssima qualidade, porém essa mercadoria de luxo ainda não é vendida com o diferencial que a caracteriza. Essa realidade vem mudando, mas está longe do potencial existente”, finalizou Colombo. 

J. Thomé divulga nota oficial sobre a bronca no PMDB

Amigos. É de conhecimento público que pedi desligamento do PMDB de Rio do Sul, através de protocolo junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, aonde solicito o desligamento do partido sem a perda de mandato, por motivos óbvios previstos na Lei de Fidelidade Partidária, que em função de inúmeros fatos ocorridos me dão esta possibilidade.

Decisão esta muito difícil por sinal, pois sou filiado no PMDB desde 2003, ou seja, há dez anos. Tive a oportunidade de presidir a JPMDB de Santa Catarina durante 2010 a 2012. Minha família tem uma história neste partido, que hoje é comandado talvez por pessoas que desconhecem a trajetória do partido na sua essência. Peço compreensão aos amigos PMDBistas de verdade neste momento, que são muitos. O respeito e consideração por todos será mantido de minha parte e tenho certeza de que com muitos destes continuarei discutindo políticas públicas positivas para nossa sociedade.

Fui reeleito no ano passado com a expressiva votação de 2.362 votos, sendo um fato inédito aonde um vereador que busca a reeleição consegue obter o maior número de votos. A sociedade reconheceu o nosso trabalho, através dos mais de 40 projetos de minha autoria que foram aprovados, inúmeras ações com a juventude e presença junto a entidades, associações e clubes aonde realizei inúmeros trabalhos em parceria.

Acontece que logo após a eleição do ano passado as coisas passaram a não mais acontecer de uma forma harmoniosa dentro do PMDB, aonde acredito que as coisas passaram a ser defendidas de forma individual e não mais coletiva. De certa forma meu partido focou as ações em saudar compromissos de campanha, usando a câmara de vereadores para tal, situação que não comungo e por isso iniciaram-se os problemas de relacionamento, ponto de vista e condução dos trabalhos.

No final de 2012, após eu ter renunciado a função de prefeito em exercício para votar as contas do ex-prefeito no exercício de 2004, num ato de respeito e valor ao Poder Legislativo de nossa cidade, o trato do meu partido, principalmente por parte dos seus comandantes, não foi mais o mesmo. O partido havia se comprometido com o ex-prefeito que após a eleição teria as suas contas aprovadas, contrariando o parecer do Tribunal de Contas do Estado. Porém eu já havia votado pela desaprovação das mesmas em 2009 e não voltaria atrás na minha posição, que defendi fortemente na época e tive o apoio da sociedade na minha decisão.

Daquele momento em diante não tive mais espaço no partido para realizar meus trabalhos principalmente na Câmara, aonde votei no candidato a presidente e primeiro secretário que o partido indicou, porém não tive apoio para compor as comissões de finanças e justiça, esta última que pedi por oficio o apoio, mas o PMDB para não me contemplar, votou em uma vereadora do Partido dos Trabalhadores - PT.

Recentemente a Câmara criou uma comissão provisória para discutir os problemas de mobilidade urbana de nossa cidade, assunto que muito me interessa. Da mesma forma coloquei meu nome a disposição para ser o representante do PMDB na referida comissão, porém não obtive sucesso mais uma vez, sendo que o indicado a compor a comissão foi o outro vereador do partido.

Outra situação pontual que faz com que eu tenha incompatibilidade ideológica com meu partido é a forma com que os projetos que construímos na administração passada, aonde o PMDB tinha o vice-prefeito e eu inclusive fui Secretário de Administração, estão sendo conduzidos hoje, como se não fossem mais importantes para a nossa cidade. Programas importantes na área da educação, na condução de obras públicas que ficaram por concluir e a forma com que discutem a situação econômica da prefeitura me fazem pensar que não é esta atitude de um grupo que fez parte da administração anterior, e sim de um novo grupo que quer discutir politicamente os rumos de nossa cidade.

Não posso eu ter defendido inúmeros programas que foram colocados em prática na época e hoje dizer que eles não são mais importantes para a cidade. Alguns deles fui autor de lei que regulamentou as propostas, para que elas fosse dada continuidade nas próximas administrações. Grêmios estudantis, regulamentação da matéria de empreendedorismo, regulamentação da padaria-escola e açougue-escola, programa de atendimento ao idoso - PAI, entre outros. Tenho escutado que alguns destes não devem continuar porque simbolizam a administração de um determinado prefeito. Para mim o que vale é a continuidade da coisa pública, principalmente quando se trata de programas que deram certo.

É neste sentido que percebo o meu trabalho na Câmara e como pessoa pública acabam ficando comprometidos, por não ter apoio do partido para ocupar espaços e mostrar meu trabalho para a comunidade, como me comprometi no período eleitoral e fiz no primeiro mandato. Por não conseguirmos falar a mesma língua quando o assunto é a administração municipal e os rumos dos programas que criamos em tempos passados. Fui eleito pelo povo e é para as pessoas que devo satisfação. O partido é muito importante neste contexto, mas precisa dar o espaço necessário para que seus membros possa realizar um trabalho frutífero.

Espero que o PMDB de nossa cidade entenda esta posição e concorde que devo permanecer como vereador, já que 2.362 pessoas me confiaram a condição do meu trabalho por mais 4 anos e que tenho motivos de sobra para não continuar mais na sigla. Tenho inúmeros amigos que lá estão e que continuarão tendo o meu respeito e admiração. Cito o caso do prefeito Gariba, que é uma pessoa que estimo muito. Um amigo de verdade que tenho. Podemos discordar no campo das ideias, mas a nossa amizade é forte e será mantida. O que irei até o fim é para que eu possa manter o meu mandato, que o povo me deu.

No mesmo sentido, creio que tomei a decisão mais acertada possível e peço para que as pessoas compreendam esta atitude. Independente de sigla, meu trabalho continua de maneira forte e empenhada na Câmara. Em três meses de trabalho já apresentei três projetos de lei e inúmeras outras proposições. Estou fortemente presente na comunidade, discutindo seus interesses e demandas. Isso não mudará, independente de partido. O que preciso é de uma sigla que me dê os espaços almejados na câmara, o que hoje não consigo ter. E que possamos construir propostas conjuntamente para nossa cidade e depois executá-las, sem comprometimentos políticos, fazendo valer aquilo que apresentamos na eleição através de um plano de governo.

Abraços e obrigado a todos pela compreensão
Agora na Rua Victor Konder, na frente do Posto Cidade. 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

ENTREVISTA: Hugo Lembeck


Quando transferiu o domicilio eleitoral de Salete para disputar a prefeitura do município Taió, Hugo Lembeck (PMDB) sabia do desafio que tinha pela frente. Precisaria conquistar o eleitor taioense e ao mesmo tempo distanciar sua candidatura da administração municipal, que tinha elevados índices de rejeição. O fato de ser de outra cidade dividiu opiniões dos próprios peemedebistas, o fato foi a base, dos discursos dos opositores. O fato de “ser de fora”, no fim, contribuiu para o êxito. O ex-prefeito de Salete, ex-secretário da SDR de Taió, conseguiu romper a alternância no governo municipal de Taió e entrou para a galeria dos prefeitos que administraram mais de uma cidade. Ele concedeu a entrevista ao Alto Vale Notícias, em seu gabinete, as 19h, de terça-feira, depois de remarcar o compromisso que já havia sido agendado. O motivo? Um almoço inadiável na casa de um eleitor.

Você foi vitorioso nas eleições de outubro, as ações impetradas no TRE por seus adversários atrapalharam? Você ficou com aquela sensação de quem ganhou mais não levou?

Eu procurei não me ater muito a isso, mas indiretamente a gente acaba se envolvendo de alguma forma.  A gente perde o foco, precisa ir atrás de advogado, de processo para estudar a forma de defesa. Então, essa sensação de que ganhou mais não levou existe. Ainda não acabou, tem mais um recurso. Não tenho dúvida que nós vamos ganhar também. Porque a linha do relator do TRE foi de que o prefeito Ademar Dalfovo era uma coisa, e Hugo e Aristides outra coisa. Isso ficou muito claro. Nós procuramos nos distanciar da administração. O Ademar teve os méritos dele, fez de tudo para não comprometer o orçamento do município, mas fez o que tinha que ser feito.

Então você está tranquilo de que vai vencer em todas as estâncias?

Na verdade nós ganhamos a eleição por que trabalhamos muito e fizemos uma campanha independente, não vinculamos nada com a administração. E nós mostramos que iriamos fazer muitas coisas diferentes. Porque a população queria as mudanças, aqui sempre foi assim, com alternância do poder.  Nós conseguimos mostrar que mesmo sendo do mesmo partido, tínhamos outro foco e outro estilo de trabalho. Outra dinâmica.

Como colocar em prática essa mudança, aproveitando grande parte da equipe do ex-prefeito?
HUGO: Já começa pelos secretários, só aproveitamos o Klaus Dieter na Saúde. Mas acho que é o jeito do prefeito tocar. A cabeça mudou. Os funcionários efetivos são os mesmos, alguns diretores são os mesmos, mas foi uma mudança. Tive resistência porque mudei todos os Diretores de CEIs, eles acostumaram a trabalhar onde estavam. As mudanças acontecem de forma gradativa. Este ano vamos ter mudanças no visual da cidade, ela precisa de urbanização. Mais flores.

Qual está sendo o maior desafio?

HUGO: A questão da saúde. Temos que andar lado a lado com o Hospital e Maternidade Dona Lisette. Mas estamos com dificuldades. Já tivemos três reuniões, mas a diretoria acredita que a prefeitura precisa dar tudo. E nós sabemos que não é assim, tem coisas que são de responsabilidade do município, tem a parte que é de responsabilidade do Estado e a parte da União. E tem a responsabilidade da entidade. A União remunera muito mal os serviços do SUS.  O Estado ajuda pouco. Precisamos também ajustar as equipes médicas. Fazendo isso, poderemos ter os bebês nascendo no município, mas não temos como bancar isso sozinhos. A infraestrutura também é um setor complicado, na área urbana, na rural, estamos com muitas dificuldades. Foi muita chuva. Temos muitos pontos de estradas que não se pode trafegar ainda. Aos poucos vamos resolver.

Como está o setor de planejamento? Muitos projetos?

Quando eles falam que lá no governo federal tem muito recurso e falta projeto, isso é em alguns ministérios. Na Infraestrutura existem muito mais projetos do que recursos. Estamos cadastrando projetos em várias áreas, trabalhando na questão arquitetônica da revitalização da praça em frente à prefeitura. Ampliamos a equipe para isso.

E as obras que estão em curso, quando ficam prontas? E os projetos de pavimentação?

Temos dois postos de saúde com as obras em andamento, em 90 dias devemos entregar. São três Centros de Educação Infantil em construção, falta os projetos de urbanização, muros e calçamentos, deveremos colocar em licitação nos próximos dias. Até o fim do ano finalizamos essas obras. Não temos nenhuma obra de pavimentação. Temos alguns projetos, que serão laçados em breve. Vamos convocar os moradores para participar, fazer parcerias e montar o cronograma de execução. Todo o recurso do IPTU será destinado para o fundo de pavimentação, não vai ser usado para outra coisa.

 Como você avalia essa relação da população com o prefeito utilizando as redes sociais?

Essa aproximação com a população tem pontos positivos. Vez ou outra me mandam mensagem, respondo, mas é uma ferramenta importante. Mas às vezes as pessoas pecam em algumas colocações. Quando você vê uma floresta, a pessoa não pode só enxergar uma arvorezinha. A estrada está ruim, a pessoa tem razão em reclamar, mas precisa entender a situação. Às vezes falta equilíbrio das pessoas, mas precisamos nos adaptar aos novos tempos.

Como você divide seu tempo de prefeito, AMAVI, FECAM e compromissos na cidade?

Uma das funções do prefeito é a representatividade. Quando eu assumo um compromisso com alguém, eu dificilmente falto, seja num evento simples, ou não.  Sábado tenho um casamento, no domingo um aniversário. Eu me programo porque quando a pessoa convida ela quer a presença do Hugo e do prefeito. As pessoas contam com isso. A função como presidente da Amavi e vice-presidente da Fecam tira muito tempo do meu dia, mas por outro lado me ajuda. Lá a gente discute assuntos que abre o conhecimento, abre portas. Em função desses cargos eu preciso trazer alguma coisa de beneficio para o município. Ao longo dos anos isso vai acontecer. Eu venho pra prefeitura na maioria dos dias, às 7h e já saí daqui às 22 horas.

Você já se considera um Taioense?

(risos) Já, quando fui candidato eu já me considerava. Não é questão de ser, às vezes eu me engano ainda, mas isso é normal, porque já fui prefeito de Salete. Mas a partir do momento que me mudei, comecei a trabalhar aqui, passei a comprar no mercado aqui, ir à farmácia aqui, na missa, caminhar na rua. Estou ambientado com o município. Busquei viver e respirar o município de Taió.

Tem saudade de Salete?

Eu lembro sempre, devo muita coisa ao município de Salete, onde comecei minha carreira politica. Tive o apoio da população de lá na campanha, que foi muito importante para minha vitória aqui. As pessoas de Salete falavam bem da nossa administração. Porque não se pode medir uma administração nos primeiros meses. É como uma maratona e não uma corrida de 100 metros. 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A novela do CEDUP em Taió


O projeto para a construção do CEDUP comportaria 1.500 alunos em Salete. O projeto foi encaminhado para a aprovação do MEC em 2011.

Mas em seguida a SDR de Taió (na época comandada por Hugo Lembeck) solicitou que este CEDUP fosse transferido para a cidade de Taió e o MEC, através do FNDE, aprovou a proposta e autorizou a construção de um CEDUP para 600 alunos. 

Desde então, a Secretaria de Estado da Educação aguarda que o FNDE conclua a definição do projeto arquitetônico e dos projetos complementares e que efetive o convênio.