Depois de um mês na pauta de votação, a Câmara de Vereadores de Taió
aprovou na sessão desta segunda-feira, 04/05 o relatório final da CPI do
Britador. Os dois vereadores do PMDB, Edson Krueger e Horst Alexandre Purnhagen
votaram contra, os outros sete acompanharam o parecer do relator da CPI, que
apontou 29 irregularidades no processo licitatório. A bancada governista tentou
por via regimental, protelar a votação, mas com o fim dos recursos de vistas o
projeto teve que ser votado. Foram quatro pedidos de vistas e um mandado de
segurança para impedir que a votação ocorresse.
O vereador Horst Alexandre solicitou documentos do processo
investigativo da CPI, que segundo ele, seriam importantes para se posicionar
sobre a CPI. “Eu não concordo com tudo
aquilo que está no relatório e quando a gente não concorda não deve votar
favorável. E um dos motivos mais fortes pra eu votar contra é que a CPI não
ouviu o maior interessado, que é o prefeito, é uma coisa fundamental para o bom
andamento da investigação”, disse o vereador Horst Alexandre.
Para o relator da CPI, Valmor Zanghelini (PSD), a protelação da
votação foi desgastante para a Câmara e uma situação desanimadora. “A gente fez
a nossa parte, indícios foram levantados e a gente tem o dever de averiguar, se
não há nada de irregularidade, ninguém tem nada a temer. Agora o Ministério
Público e o Tribunal de Contas que vão dar a solução final”, disse Valmor. O
parecer volta à pauta da próxima sessão ordinária na próxima segunda-feira, 11
de maio para a segunda votação.
O presidente da Câmara, Joel Macoppi (PP), elogiou a postura da
bancada do PSDB que se convenceu que houve irregularidades depois de ler o
relatório. Para o vereador, foi uma decisão corajosa de demonstração de
independência e responsabilidade. “Só não entendo a posição da bancada do PMDB
Taioense, que sempre pregou um discurso de moralidade, que é contra a corrupção,
mas na hora H muda o discurso”, disse o presidente.
Macoppi também criticou a
postura do prefeito Hugo Lembeck, ao tentar obstruir o processo legislativo. “O
prefeito perdeu a oportunidade de se explicar, tentou de todas as maneiras,
desqualificar a CPI, mas não apontou nenhum argumento para justificar as 29
irregularidades”, finalizou Macoppi.
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