O Corpo de Bombeiros não localizou o corpo de Jorge Maurício, 42 anos, conhecido como Joca, que teria caído no rio Taió. A suposição do afogamento foi dos próprios amigos que conviviam com ele. Joca morara nas imediações da Ponte Celso Ramos e na Praça João Machado da Silva, próxima a Prefeitura de Taió. O desaparecimento foi comunicado aos bombeiros por volta das 10h de sexta-feira. Depois de averiguar os últimos passos do desaparecido, os Bombeiros iniciaram as buscas nos rios Taió e Itajaí do Oeste.
Valmir Rodrigues, 41 anos, estava
com Joca na noite anterior e acredita que o amigo morreu afogado. “Na hora que ele levantou pode ter tropeçado
e caído no rio, porque é um barranco reto até o rio. A gente estava bebendo ontem
a noite, quando começou a chover eu fui embora e o Joca estava catando as
roupas para ir dormir lá na igreja. Quando soube hoje de manhã, via as roupas
que ele estava vestido na barranca do rio”, relatou. Rodrigues disse ainda que
no mesmo local que os dois estavam, foi encontrado o chinelo e os documentos de
Joca. “Só ele que não apareceu mais”, disse.
O amigo não acredita que Jorge
possa ter outro tipo de sumiço. “Ele bebia as cachaças dele, mas nunca
incomodava ninguém, não brigava com ninguém. Pra mim ele deve ter caído
sozinho, quem sabe tentou se agarrar, não conseguiu e caiu na água”. Valmir, que
conhece Joca desde os 14 anos, disse que ele bebia com freqüência e por várias
vezes tentou curar do vício. “Mas não teve jeito, a Na ultima recaída é pior,
se o cara é conseguir parar na primeira vez se recupera, mas se voltar a beber
daí parar novamente é muito difícil”.
Rodrigues ainda relatou que Joca
ficou uma época no CEREVISE (Centro de Recuperação de Alcoólicos), os dois
também já residiram juntos, mas ultimamente Joca passava o dia na num bosque na
rua Francisco Tomazoni, as margens do rio Taió. Alguns populares levavam comida
para ele, “o que sobrava ele repartia galera que vivia por ali”, disse o amigo.
Depois pernoitava na porta da Igreja Matriz Cristo Rei, que também fica nas
imediações. Perguntado como arrumava dinheiro para comprar a bebida Rodrigues
disse que é fácil. “Pão quase ninguém dá, mas a cachaça sempre se dá um jeito”.
As buscas vão ser retomadas na manhã deste sábado.
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