Quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo Petrolão? E quem irá dizer
Que não existe razão?
Eduardo ouviu o voto mas não quis se levantar
Ficou sentado e viu quantos votos eram
Enquanto Dilma tomava um baque
Lá num canto do Alvorada
Como eles disseram
Eduardo e Dilma um dia se encontraram sem querer
Não conversaram nem tentaram se entender
Foi um carinha do grupinho do Eduardo que disse
- Tem uma estatal legal e a gente quer se divertir
Eduardo e Dilma, grampearam telefones
Depois telefonaram e decidiram se acusar
Se encontraram então num palácio da cidade
A Dilma de bike e o Eduardo com Calheiros
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha laquê no cabelo
Eduardo e Dilma eram nada parecidos
Ela era guerrilheira e ele um crente e burguês
Ela falava coisas sobre a mandioca e tal
Também da meta e sua duplicação
E o Eduardo ainda estava
No esquema, era o que dizia a acusação
E, mesmo com tudo diferente
Veio mesmo, de repente
Uma vontade de vencer
E os dois se acusavam todo dia
E a virulência crescia
Como tinha de ser
Eduardo e Dilma fizeram articulação,
Pirotecnia, teatro e foram se encarar
A Dilma acusava o Eduardo
Com coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a bater, deixou o impeachment crescer
E decidiu enfrentar
Batalharam grana e por isso não seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Dilma se ferraram em Brasília
E ninguém sabe se estarão de volta no verão
Só que nessas férias o Temer não vai viajar
Porque o filhinho do Eduardo
É o Waldir Maranhão
E quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo Petrolão? E quem irá dizer
Que não existe razão?