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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Peninha diz que Imposto Sindical é roubo

O salário que a maioria dos trabalhadores brasileiros recebeu no quinto dia útil de abril, correspondente aos serviços prestados em março, veio com desconto compulsório: a contribuição sindical. Muita gente não sabe, mas o governo confisca um dia de trabalho por ano de cada empregado, para remeter ao custeio da atividade sindical que representa cada categoria. 

“Não importa se o trabalhador é filiado ao sindicato ou se apoia a atuação de seus dirigentes. Com ou sem consentimento, um percentual do seu provento é usado para bancar federações, confederações e sindicatos”, explica o deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB), autor de um projeto de lei que põe fim à obrigatoriedade da cobrança.

Criada na década de 1940, durante o governo de Getúlio Vargas, “a contribuição sindical é um instrumento arcaico e extremamente danoso, que já deveria ter sido banido de nosso ordenamento jurídico com a promulgação da Constituição Federal de 1988”, alega Peninha. Os deputados constituintes aprovaram o princípio da plena liberdade sindical, segundo o qual ninguém pode ser obrigado a se filiar a qualquer sindicato, mas não excluíram a contribuição sindical da Carta Magna. 

Na prática, há um contrassenso no fato de a pessoa ter liberdade de escolher se se filia ou não a um sindicato, mas ser obrigada a contribuir para a manutenção de uma entidade da qual optou por não participar. O PL 870/15, do deputado Peninha, tramita em regime prioritário na Comissão de Trabalho da Câmara.

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