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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

"Índio" confessa que matou companheira

 
Um homicídio foi adicionado ao histórico de vida de Luiz Albuquerque, 35 anos, que já foi condenado por porte ilegal de arma, lesão corporal grave e tem diversas passagens pela polícia. Índio, como é conhecido, foi a júri popular ontem, pela morte da companheira Iraci de Fátima Carlesso, então com 49 anos. O crime ocorreu em 17 de setembro de 2012, no município de Salete. A cabeleireira foi encontrada morta na cama do quarto do casal, por um dos filhos. O laudo do Instituto Geral de Perícia constatou a morte por asfixia mecânica direta complexa com constricção no pescoço (estrangulamento).

No depoimento, Luiz confessou que foi o autor do crime à Juíza da Comarca de Taió, Shirley Tamara Colombo de Siqueira Woncce. Ele descreveu em detalhes, a rotina daquele dia, contou que ouve uma discussão entre o casal motivada por ciúmes.  Índio disse que além das discussões, os dois tiveram uma luta corporal e argumentou que tentou controlar a companheira pelo pescoço porque ela estava muito nervosa.

Luiz relatou também que ficou desesperado em ver a amada desmaiada, ligou para uma irmã da vítima, mas não chamou a polícia. “Vendo a mulher que eu amava morta, eu me desesperei ainda mais e tomei um litro de whisky pra criar coragem para se matar”. O réu chegou a preparar uma corda para tentar o suicídio, também deixou um bilhete, onde demonstrou arrependimento, pediu perdão à família e disse que amava Iraci. Depois fugiu com a moto do enteado, sofreu um acidente e foi preso pala Polícia Militar. No fim do depoimento chorou.

“Antes de isso acontecer eu estava vivendo o melhor momento da minha vida, jamais imaginei que poderia ter feito uma coisa dessas”. Albuquerque, já havia sido preso em dezembro de 2006, por crime de lesão corporal grave e tentativa de homicídio, quando desferiu golpes de gargalo de garrafa contra um homem e condenado a dois anos e quatro meses de prisão. Também foi preso por porte ilegal de armas na Comarca de Presidente Getúlio, quando cumpriu dois anos e seis meses de prisão. Em Taió, foi pego em uma casa de prostituição, também por porte ilegal munição.

O Ministério Público, representado pela promotora de justiça, Rachel Urquiza Rodrigues de Medeiros, relatou que os casos de violência doméstica são muito comuns nos país. “A cada 15 segundos, um caso de violência é registrado no Brasil, precisamos por um fim nisso”. Ela apresentou a tese de que Iraci, como a maioria das mulheres que são agredidas dentro de casa, sofrem em silêncio e com medo. O advogado criminalista, Jean Carlos Belli, argumentou que o seu cliente agiu para se defender e que o seu cliente não tinha a intenção de matar a companheira e por isso confessou tudo.  Até o fechamento da edição o júri ainda não tinha homologado a sentença.

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