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sexta-feira, 10 de maio de 2013

J. Thomé divulga nota oficial sobre a bronca no PMDB

Amigos. É de conhecimento público que pedi desligamento do PMDB de Rio do Sul, através de protocolo junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, aonde solicito o desligamento do partido sem a perda de mandato, por motivos óbvios previstos na Lei de Fidelidade Partidária, que em função de inúmeros fatos ocorridos me dão esta possibilidade.

Decisão esta muito difícil por sinal, pois sou filiado no PMDB desde 2003, ou seja, há dez anos. Tive a oportunidade de presidir a JPMDB de Santa Catarina durante 2010 a 2012. Minha família tem uma história neste partido, que hoje é comandado talvez por pessoas que desconhecem a trajetória do partido na sua essência. Peço compreensão aos amigos PMDBistas de verdade neste momento, que são muitos. O respeito e consideração por todos será mantido de minha parte e tenho certeza de que com muitos destes continuarei discutindo políticas públicas positivas para nossa sociedade.

Fui reeleito no ano passado com a expressiva votação de 2.362 votos, sendo um fato inédito aonde um vereador que busca a reeleição consegue obter o maior número de votos. A sociedade reconheceu o nosso trabalho, através dos mais de 40 projetos de minha autoria que foram aprovados, inúmeras ações com a juventude e presença junto a entidades, associações e clubes aonde realizei inúmeros trabalhos em parceria.

Acontece que logo após a eleição do ano passado as coisas passaram a não mais acontecer de uma forma harmoniosa dentro do PMDB, aonde acredito que as coisas passaram a ser defendidas de forma individual e não mais coletiva. De certa forma meu partido focou as ações em saudar compromissos de campanha, usando a câmara de vereadores para tal, situação que não comungo e por isso iniciaram-se os problemas de relacionamento, ponto de vista e condução dos trabalhos.

No final de 2012, após eu ter renunciado a função de prefeito em exercício para votar as contas do ex-prefeito no exercício de 2004, num ato de respeito e valor ao Poder Legislativo de nossa cidade, o trato do meu partido, principalmente por parte dos seus comandantes, não foi mais o mesmo. O partido havia se comprometido com o ex-prefeito que após a eleição teria as suas contas aprovadas, contrariando o parecer do Tribunal de Contas do Estado. Porém eu já havia votado pela desaprovação das mesmas em 2009 e não voltaria atrás na minha posição, que defendi fortemente na época e tive o apoio da sociedade na minha decisão.

Daquele momento em diante não tive mais espaço no partido para realizar meus trabalhos principalmente na Câmara, aonde votei no candidato a presidente e primeiro secretário que o partido indicou, porém não tive apoio para compor as comissões de finanças e justiça, esta última que pedi por oficio o apoio, mas o PMDB para não me contemplar, votou em uma vereadora do Partido dos Trabalhadores - PT.

Recentemente a Câmara criou uma comissão provisória para discutir os problemas de mobilidade urbana de nossa cidade, assunto que muito me interessa. Da mesma forma coloquei meu nome a disposição para ser o representante do PMDB na referida comissão, porém não obtive sucesso mais uma vez, sendo que o indicado a compor a comissão foi o outro vereador do partido.

Outra situação pontual que faz com que eu tenha incompatibilidade ideológica com meu partido é a forma com que os projetos que construímos na administração passada, aonde o PMDB tinha o vice-prefeito e eu inclusive fui Secretário de Administração, estão sendo conduzidos hoje, como se não fossem mais importantes para a nossa cidade. Programas importantes na área da educação, na condução de obras públicas que ficaram por concluir e a forma com que discutem a situação econômica da prefeitura me fazem pensar que não é esta atitude de um grupo que fez parte da administração anterior, e sim de um novo grupo que quer discutir politicamente os rumos de nossa cidade.

Não posso eu ter defendido inúmeros programas que foram colocados em prática na época e hoje dizer que eles não são mais importantes para a cidade. Alguns deles fui autor de lei que regulamentou as propostas, para que elas fosse dada continuidade nas próximas administrações. Grêmios estudantis, regulamentação da matéria de empreendedorismo, regulamentação da padaria-escola e açougue-escola, programa de atendimento ao idoso - PAI, entre outros. Tenho escutado que alguns destes não devem continuar porque simbolizam a administração de um determinado prefeito. Para mim o que vale é a continuidade da coisa pública, principalmente quando se trata de programas que deram certo.

É neste sentido que percebo o meu trabalho na Câmara e como pessoa pública acabam ficando comprometidos, por não ter apoio do partido para ocupar espaços e mostrar meu trabalho para a comunidade, como me comprometi no período eleitoral e fiz no primeiro mandato. Por não conseguirmos falar a mesma língua quando o assunto é a administração municipal e os rumos dos programas que criamos em tempos passados. Fui eleito pelo povo e é para as pessoas que devo satisfação. O partido é muito importante neste contexto, mas precisa dar o espaço necessário para que seus membros possa realizar um trabalho frutífero.

Espero que o PMDB de nossa cidade entenda esta posição e concorde que devo permanecer como vereador, já que 2.362 pessoas me confiaram a condição do meu trabalho por mais 4 anos e que tenho motivos de sobra para não continuar mais na sigla. Tenho inúmeros amigos que lá estão e que continuarão tendo o meu respeito e admiração. Cito o caso do prefeito Gariba, que é uma pessoa que estimo muito. Um amigo de verdade que tenho. Podemos discordar no campo das ideias, mas a nossa amizade é forte e será mantida. O que irei até o fim é para que eu possa manter o meu mandato, que o povo me deu.

No mesmo sentido, creio que tomei a decisão mais acertada possível e peço para que as pessoas compreendam esta atitude. Independente de sigla, meu trabalho continua de maneira forte e empenhada na Câmara. Em três meses de trabalho já apresentei três projetos de lei e inúmeras outras proposições. Estou fortemente presente na comunidade, discutindo seus interesses e demandas. Isso não mudará, independente de partido. O que preciso é de uma sigla que me dê os espaços almejados na câmara, o que hoje não consigo ter. E que possamos construir propostas conjuntamente para nossa cidade e depois executá-las, sem comprometimentos políticos, fazendo valer aquilo que apresentamos na eleição através de um plano de governo.

Abraços e obrigado a todos pela compreensão

Um comentário:

Robero disse...

Você envergonha a memória de seu pai.. vc joga contra o PMDB desde quando sentou no colo do Milton(PSD) se vendendo pra ele contra o PT e contra o Gariba tentando derruba-lo para querer vc ser o candidato. Você é a individualidade em pessoa, não tem moral para escrever uma carta pois quem realmente te conhece nesse meio sabe o quanto individualista e de palavra duvidosa vc é. já vai tarde