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domingo, 22 de maio de 2011

Professores protestam em Taió



Com apito na boca, nariz de palhaço e muitos cartazes, professores da rede estadual de ensino, fizeram uma manifestação pelas ruas do centro de Taió. O movimento ganhou apoio de educadores de todo a região, além de vereadores de Taió, Rio do Campo e Rio do Sul. Alguns comerciantes fecharam as portas em apoio aos grevistas, pelas ruas a população também aplaudiu. Cerca de 300 pessoas participaram da passeata.

O grupo partiu da Escola de Educação Básica Luiz Bertoli, no centro da cidade. A Policia Militar deu apoio logístico ao movimento, que travou o centro da cidade. Um carro de som acompanhou os professores, que gritavam palavras de ordem. “Governador deixa de ser liso e pague nosso piso”, gritavam uns. “É greve, é greve, até Colombo pagar o que nos deve” gritavam outros. Ao microfone, o coordenador do movimento grevista, Jaison Benting, que preside o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) de Rio do Sul.

Ele explicou que o movimento foi pacifico, e que ganhou adesão de mais de 80% dos professores da região. Na segunda-feira, os grevistas vão marcar presença na praça central de Rio do Sul. No mesmo dia, o comando estadual de greve se encontra com o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira e o Secretário de Estado de Educação, Marco Tebaldi. “Se não tiver acordo, ou outro resultado, vamos realizar uma convenção na terça-feira em Rio do Sul”, relatou o sindicalista.

Os vereadores, Mário Sérgio Stramosk (PT) de Rio do Sul, Rodrido Preis (PT) de Rio do Campo e a vereadora Iara Mariza Bonin do PMDB de Taió, deram apoio formal a manifestação. “Não posso me omitir num movimento justo como este. Já presenciei muitas greves por motivos políticos, mas esta manifestação tem apoio popular e os professores tem direito”, disse a vereadora Iara Bonin.

O grupo caminhou até a sede da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Taió (SDR), onde o secretário Hugo Lembeck, falou com os professores. O Gerente de Educação da SDR, João Tadeu Correia também ouviu as reivindicações do grupo. Tadeu explicou que uma negociação está em curso e que espera uma solução até semana que vem. “Pelo nosso levantamento, hoje (ontem), são 4994 alunos sem aulas nos seis municípios da região”. Das 15 escolas da rede publica estadual, apenas três não há professores em greve. Segundo João Tadeu, mais de 80% dos professores aderiu a paralisação. “Eu não poso solucionar o problema, mas estou aqui, ouvindo, todos os dias passamos um relatório para a secretaria de estado de Educação”.

O Movimento é de paralisação dos professores, que estão exigindo a aplicação da lei federal do piso nacional da categoria, até agora negada pelo governo catarinense.

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