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sábado, 26 de março de 2011

A volta do PDS?


Prefeito de São Paulo vai precisar de 490 mil filiados para formar novo partido.

O Partido Social Democrático – PSD surge 26 anos depois que Jorge Bornhausen e um grupo de aliados fundaram o PFL. O Partido da Frente Liberal surgiu em 1985 de uma dissidência do Partido Democrático Social - PDS. As siglas e as palavras que compõe o novo partido são idênticas, consciência ou não, assim nasceu o 28º partido político no Brasil. O novo partido nasceu como alternativa do prefeito de São Paulo, Giberto Kassab, escapar da lei em vigor que proíbe o troca-troca de partidos. Foi uma brecha na legislação, já que quem vai para um partido novo não é púnico com a perda do mandato.

O prefeito foi convidado para se filiar no PMDB e no PSB, mas evitou brigar na justiça. É mais um motivo para os parlamentares aprovarem a tão esperada reforma política. Um dos objetivos de Kassab com a nova legenda é viabilizar sua candidatura ao governo do Estado de São Paulo em 2014. Os dirigentes haviam firmado acordo com a cúpula do PSB de que promoveria a fusão das siglas assim que seu novo partido fosse registrado. Por medo de um questionamento judicial sobre a manobra, Kassab decidiu que a sigla recém criada passará por uma eleição. O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, e pelo menos mais 100 políticos fazem parte do novo partido. Inclusive o ex-deputado índio da Costa que disputou a vice-presidência na chapa encabeçada por José Serra (PSDB).

O deputado ACM Neto (DEM) fez várias críticas ao novo partido pelo Twitter, apelidou o PSD de Partido Sem Decência ou Partido Sem Dignidade. Em Santa Catarina, candidatos derrotados nas eleições de 2010 já articulam formar a comissão provisória. A criação formal do PSD depende ainda da coleta e apresentação de cerca de 490 mil assinaturas favoráveis à nova sigla - o equivalente a 0,5% do eleitorado do país. As assinaturas devem proceder de pelo menos 0,1% dos eleitores de nove Estados.

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